Orientações de planejamento

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Normalmente, é antes do final do ano que passamos a cuidar da planejamento anual do próximo ano. É sempre uma nova oportunidade de recomeçar com mais ânimo e vontade.

Mas, a qualquer momento do ano, podemos refazer nosso planejamento. Se for para mudar para melhor, qualquer época do ano é bom momento.

Aqui, iremos comentar um pouco sobre Planejamento e Programações.

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ÍNDICE:

1 - PLANEJAMENTO
A - A importância de programar
B - As etapas do planejamento (quando, quem e como)
C - Os 8 passos do planejamento
D - Como avaliar
2 - ATIVIDADES PLANEJADAS E ATRAENTES
A - As diversas opções de atividades
B - Linhas gerais
C - Os ingredientes de cada atividade
D - As qualidades dos ingredientes
3 - PROGRAMANDO ATIVIDADES DAS SEÇÕES
A - Reuniões normais
B - Excursões
C - Acampamentos
D - Acantonamentos
4 - ADESTRAMENTO PROGRESSIVO


1 PLANEJAMENTO volta

Em qualquer campo de atividade humana a conquista de um objetivo, dependerá de um bom planejamento e programação detalhada dos diversos passos a serem executados. por exemplo: uma viagem; a aquisição de um carro novo; as compras de supermercado; etc.

 

1.A A IMPORTÂNCIA DE PROGRAMAR volta

.

 

Por que programar ? ?
a - manter continuidade e progressividade para atingir os objetivos.
*  assegurar um progresso individual de cada jovem e da seção como um todo;
*  integrar cada atividade em um plano mais amplo e objetivo.
*  estabelecer uma seqüência lógica e progressiva.
*  impor a cada item do programa um objetivo claro e definido.

b - reter o interesse dos jovens;
*  favorecer a criatividade para oferecer atividades mais atraentes e variadas.
*  evitar atividades repetitivas e monótonas.
*  proporcionar atividades balanceadas e com boa cadência.

c- evitar ficar à mercê de fatores incontroláveis.
*  prever dificuldades com condições atmosféricas, falta de recursos, etc.
*  evitar improvisações que geram insegurança na equipe.

d- melhorar a utilização dos recursos (físicos; materiais e humanos)
*  facilitar a coleta de recursos ainda não disponíveis.
*  prever a necessidade de maior apoio humano ou recursos materiais.
*  diminuir custos financeiros ou buscá-los antecipada e planejadamente.

RESUMINDO:

PLANEJAMENTO É A OTIMIZAÇÃO DA FORMA DE
ALCANÇAR UM OBJETIVO, UTILIZANDO TODOS OS
RECURSOS DISPONÍVEIS.

1.B AS ETAPAS DO PLANEJAMENTO (quando, quem e como) volta

 

A programação de cada atividade deve estar
apoiada em um planejamento mais amplo.

 

Veja o que diz o P.O.R.:

O Método Escoteiro ... caracteriza-se pelo conjunto dos seguintes pontos:
...
c) vida em equipe incluindo:
- descoberta e aceitação progressiva de responsabilidades;
d) atividades progressivas, atraentes e variadas, compreendendo:
- jogos e vida ao ar livre (contato com a natureza)
- adestramento em técnicas úteis, estimulado pelo sistema de distintivos;
- interação com a comunidade;
- mística e ambiente fraterno.
e) desenvolvimento pessoal pela orientação individual, considerando:
- a realidade e o ponto de vista de cada membro
...

Levar em conta a opinião de cada jovem é um dos pontos essenciais do Método Escoteiro. Vejamos como os jovens podem participar do processo decisório sobre a programação.

1) O conselho da seção e a Chefia
avaliam sucessos e falhas do ano
anterior
2) O conselho da seção sugere tipos e
épocas das atividades.
3) A Corte de Honra decide sobre as
sugestões e a participação nas
atividades nacionais ou regionais.

OBS:
No ramo LOBINHO: não existe C-H.,
nem conselho da seção; a Chefia executa
as tarefas, com ajuda dos Primos.

Nos ramos ESCOTEIRO/SÊNIOR:
1) A C-H. decide o tema central de
uma atividade e sugere o conteúdo
da programação.
2) A chefia programa detalhadamente.
Assim os monitores mantém as
expectativas.
3) Mas, algumas reuniões, excursões e
acampamentos podem ser
totalmente elaboradas pela C-H.
No ramo SÊNIOR:
1) A C-H. amplia participação na
programação.
2) O Chefe deve reservar parte da
reunião para apresentar uma
surpresa a todos.
3) O Conselho de Seção deve ser mais
consultado.
1.C OS 8 PASSOS DO PLANEJAMENTO volta

O quadro abaixo ilustra uma sugestão de aplicação da "taxonomia de Blown" ao planejamento de atividades escoteiras. Trata-se de um método de trabalho organizado aplicável no planejamento, bom para qualquer ação a ser executada, dentro e fora do Escotismo. Nele ressalta-se a importância das fases a serem executadas anteriormente e posteriormente à fase de execução propriamente dita.

Por outro lado, dentro do Escotismo, o ato de planejar envolve constantes consultas aos jovens, tanto na fase de elaboração, como na fase de execução. Apenas desta forma poderemos garantir um maior atendimento aos anseios dos jovens, bem como os propósitos educacionais do Movimento. Abaixo temos um quadro ilustrando em linhas gerais esse processo.

1.D COMO AVALIAR volta

a) médio e longo prazo
·  verificar o mapa de freqüência e o mapa de adestramento    
·  melhoria do caráter      
.  avaliação do programa trimestral       
1.  Existem atividades das cinco áreas de desenvolvimento pessoal?     (físico, mental, social, espiritual e afetivo)       
2.  A liderança está convenientemente compartilhada?       
3.  Estão sendo aproveitados outros recursos, além dos que a Tropa possui regularmente?       
4.  Como os jovens participaram do planejamento e da avaliação das atividades?     Como essa participação poderia ser ampliada?       
5.  Os componentes do programa estão bem equilibrados? Por que?
6.  Quais as atividades que permitem avaliar a capacitação técnica da Seção?       
7.  As atividades obedecem um critério progressivo de Adestramento e aplicação?

b) curto prazo
·  satisfação e entusiasmo dos jovens.   
·  consultar Conselho de Seção, Corte de Honra, ou Conselho de Primos.
·  avaliação da chefia (colocando-se no papel dos jovens)

avaliação de cada programa:
(tópicos para avaliação da C-H. ou do Conselho de Seção)
1. A reunião foi divertida e entusiasmante? Como obter maior interesse de todos?
2. Foi estimulante para os velhos e novos escoteiros? O que aprenderam / recordaram?
3. Como foi a disciplina? Houve desperdício de tempo por indisciplina?
4. O local era adequado e os materiais eram suficientes?
5. O que poderia ser melhorado?

(tópicos para avaliação da chefia)
1. Havia finalidade em tudo o que foi feito?
2. Os jovens alcançaram algo? O que?
3. A reunião foi complemento da reunião anterior?
4. Houve adestramento dos sentidos e canção?
5. Todos os chefes tiveram atribuições na reunião?
6. Os monitores foram acionados corretamente?
7. Foi aplicado o Sistema de Patrulhas sempre que possível?
8. Foi empregada a Lei e a Promessa?
9. confirmar a adequação da atividades em relação à:
* esquema de segurança
* locais e horários
* materiais empregados
* faixa etária e adestramento dos participantes

2 ATIVIDADES PLANEJADAS E ATRAENTES volta

Mas não se esqueça só atividades divertidas não bastam. Os jovens ficam interessados por algumas semanas, mas quando percebem que não estão aprendendo ou progredindo nada, acabam se desinteressando pelas atividades.

2.A AS DIVERSAS OPÇÕES DE ATIVIDADES volta
ATIVIDADES RAMOS
acantonamentos todos
acampamentos E/S/P
Fóruns todos
excursões todos
visitas a outros GE's todos
reuniões normais todos
reuniões especiais todos
competições L/E/S
ATIVIDADES RAMOS
vigílias S/P
olimpíadas todos
jornadas E/S/P
escaladas S/P
rally's L
JOTA's E/S/P
Boas Ações coletivas todos
Trabalhos Comunitários E/S/P
2.B LINHAS GERAIS volta

Ações falam melhor que palavras ou inatividade.
Participar é melhor que olhar.
Ar livre é melhor que sede.
A surpresa é melhor que o esperado.
A realidade é melhor que o imaginário não improvisar materiais.
Boa ordem, disciplina voluntária acompanhada de cortesia ajudam na dinâmica e objetividade da atividade.
Bastante alegria, riso e bom humor satisfação de estar juntos.
Objetividade (apoio num plano mais amplo) sensação de ter aprendido/recordado algo.
Continuidade não sobrar ou nem faltar tempo sem intervalo para descanso.
Equilíbrio entre atividades ativas e calmas.

2.C OS INGREDIENTES DE CADA ATIVIDADE volta

As reuniões, excursões, acampamentos e acantonamentos podem conter vários ingredientes de acordo com a possibilidade do local e conveniência do tema a ser abordado.

Quanto mais diferentes forem as formas de apresentar o mesmo assunto, maior será a retenção da atenção do jovem; bem como do conhecimento que se pretende ensinar.

Uma boa Chefia deve ter um estoque considerável de formas para apresentar os conhecimentos de cada etapa; sendo que as etapas mais iniciais (Pata Tenra, Noviço, Probatório) devem possuir maior variedade na forma de apresentação.

Abaixo temos uma lista com os ingredientes normalmente utilizados.

adestr. de etapas jogos adestr. dos sentidos trabalhos manuais
jogos de chegada adestr. de especialidades bandeira
jogos de base momentos p/reflexão dramatizações
desafios mentais ativ. sobre espiritualidade canções
histórias Grande Uivo Promessas e Investiduras
inspeção entregas de distintivos trabalhos de equipe
desafios físicos avisos competições
debates oração Conselho de Patrulha
Conselho de Tropa Adestramento de bases  
2.D AS QUALIDADES DOS INGREDIENTES volta

Fazer um bolo basta seguir a sua receita, é necessário apenas um pouco de habilidade. Porém, tente fazer um bolo sem os ingredientes ou com ingredientes de péssima qualidade.

Com certeza esse bolo perderá a sua qualidade, por melhor que seja o empenho do cozinheiro.

Assim são as reuniões e outras atividades escoteiras. Os ingredientes de boa qualidade são essenciais para boas reuniões. Ao escolhê-los, deve-se estar atento às seguintes recomendações:
· atividades curtas ou subdivididas em partes (menos de 15 minutos).
· variedade na aplicação em cada item do adestramento.
· situações inéditas, interessantes e criativas.
· ambiente que tendem para o alegre e o divertido.
· propostas desafiantes e progressivamente mais complexas.

3 PROGRAMANDO ATIVIDADES DAS SEÇÕES volta

Como vimos, podem ser programadas diversos tipos atividades. As mais freqüentes são as chamadas reuniões normais que ocorrem de 30 à 40 vezes por ano. Mas, outras inúmeras atividades podem ser feitas.

É importante para a vida da Seção realizar uma atividade externa por mês. Eu digo atividade externa, mas pode ser uma reunião de Tropa realizada numa praça da cidade, ou uma reunião de sede que envolva tarefas a serem realizadas nas ruas vizinhas da sede.

A chefia deve ter uma boa dose de criatividade e imaginação visando propor atividades progressivas, atraentes e variadas; objetivando que suas atividades de Seção sejam realmente interessantes.

3.A REUNIÕES NORMAIS volta

Por serem realizadas muitas vezes por ano, exige da chefia um bom planejamento, levando em conta:
o ponto de vista dos jovens;
o propósito do Movimento;
as necessidades de adestramento;
outros eventos que irão se realizar e os recursos disponíveis.
É importante separar as reuniões de Seção das reuniões de Equipes, que podem existir nos ramos E/S/P. Há quem incorpore as reuniões de Equipes nas reuniões da Seção, mas assim se ocupa muito tempo da reunião da Seção. É recomendável que as reuniões de Equipe ocorram em dias ou horários diferentes das reuniões da Seção.

* ESQUEMA BÁSICO
Eu procuro sugerir que seja adotado um esquema básico de reunião. Neste esquema deve constar invariavelmente:
abertura e encerramento (é claro);
um jogo ativo no início;
um ou dois assuntos de adestramento;
um jogo de adestramento dos sentidos e uma canção.
A duração de cada item deve ser no máximo até 20 minutos, a menos que sejam atividades muito práticas: montar uma pioneiria; fazer uma cirurgia vegetal ou um trabalho manual, etc.

Outra coisa, evite ter horário de intervalo para: lanche, banheiro, troca de roupa, ou para ficar no canto de equipe, sem nada para fazer.
Demonstraremos alguns esquemas básicos para execução de uma reunião normal. Estão ilustrados em módulos para facilitar a apresentação.

3.B EXCURSÕES volta

O conteúdo da programação das excursões depende em muito do local em que será realizada.
Algumas poderão constituir-se apenas do passeio em si; outras poderão ser como uma reunião especial e de longa duração, sobre um determinado tema, logicamente ligado ao local visitado.

As canções e os jogos de observação e adestramento dos sentidos cabem em quase todas as excursões e passeios, pelo  menos uma a cada dia.

Quando a seção for constituída por muitos aspirantes, poderemos realizar uma excursão como se fosse para um acantonamento ou acampamento de um dia.

Isso dará um gostinho de quero mais e bastante experiência para quando formos realizar esse outro tipo de atividade.

3.C ACAMPAMENTOS volta

A atividade mais popular do Escotismo é o acampamento. É uma grande oportunidade para o progresso do jovem, tanto em técnicas de campo, quanto em todas as áreas de desenvolvimento pessoal (físico, mental, espiritual e social).

Sua programação exige um pouco mais por ser mais longa e se desenvolver em outro local que não a sede do GE (prevenir materiais; usar criatividade para explorar recursos do local).

A programação básica deve conter horários de alvorada; preparo e consumo das refeições; cerimônias; inspeção diária, atividades noturnas (fogo de conselho, jogo ou passeio, etc.).

Nos períodos de tempo que restarem deverão ser programadas atividades, organizando-se os ingredientes da mesma maneira que uma reunião normal, ou seja alternando atividades ativas e atividades calmas.

Providencie uma programação alternativa para o caso de mal tempo, ou ambientes no próprio local da atividade que permitam executar a programação originalmente traçada.

Inicie os preparativos com maior antecedência, estabeleça um cronograma das providências (o famoso: antes durante e depois).

De acordo com o ramo em que se trabalha e o grau de maturidade dos jovens, a Corte de Honra e o Conselho de Seção devem ser mais envolvidos na programação e nas providências do acampamento.

3.D ACANTONAMENTOS volta

Os Lobinhos e lobinhas normalmente não acampam.

Realizam uma atividade semelhante, só que dormem em uma casa ou galpão do local da atividade. Mesmo asim, a atividade deve ser cercada de maiores preparativos e cuidados, porque o ramo que trabalha com a faixa etária mais jovem. A programação deve obedecer os mesmos cuidados e atenção recomendados para um acampamento.

4 ADESTRAMENTO PROGRESSIVO volta

Dá-se o nome de adestramento a todo tipo de conhecimento adquirido no Escotismo. O sistema de adestramento no movimento escoteiro é incentivado por meio do recebimento de distintivos a cada etapa vencida.

Diferentemente do ensino escolar, neste sistema o jovem pode estabelecer quais as metas que pretende atingir e o tempo que levará para conquistá-las.

A dificuldade é progressiva, tanto dentro de cada ramo como dentro de cada assunto. As primeiras conquistas acontecem com relativo esforço, ao passo que as últimas exigem do jovem maior interesse dedicação e persistência.

Outro aspecto peculiar do Escotismo é o de buscar obter o melhor possível de cada jovem, por exemplo:
· do jovem que já coleciona selos será exigido maiores conhecimentos e um grande aumento em sua coleção, diferente de um outro jovem que estará apenas iniciando sua coleção;
· do jovem que participa de competições de natação será exigido mais do apenas nadar, enquanto que de um outro jovem será exigido apenas o mínimo solicitado.

De um modo geral cada ramo possui três etapas, sendo que nos ramos S/P existe a etapa introdutória, para quem não pertenceu ao ramo anterior.

Nos ramos L/E/S existem mais de 100 especialidades, distribuídas em cinco áreas:
Ciências e Tecnologia; Habilidades Escoteiras; Cultura; e Serviços.

Também existem adestramentos específicos para a fase de transição entre os ramos, denominadas como: Rota Sênior e Ponte Pioneira, antigamente até existiam distintivos para identificar essa fase transitória.

No ramo pioneiro não existe correspondência com as etapas de outros ramos.

  LOBINHO ESCOTEIRO SÊNIOR PIONEIRO
introdução não tem não tem Estágio Introdutório Estágio Introdutório
1ª etapa Pata Tenra Noviço Estágio Probatório Estágio Probatório
2ª etapa 1ª Estrela 2ª Classe Eficiência I Estágio Pioneiro
3ª etapa 2ª Estrela 1ª Classe Eficiência II Insígnia Pioneira e/ou Insígnia de Cidadania
distintivo máximo Cruzeiro do Sul Lis de Ouro Escoteiro da Pátria Insígnia de B-P.
cordões de eficiência não tem VD/AM e VM/BR correia de mateiro não tem
transição p/ próximo ramo trilha escoteira rota sênior ponte pioneira não tem

De acordo com as alterações implantandas em 1999:
a) o número de especialidades é livre, e podendo ser obtidas após a Promessa/ Investidura;
b) as etapas de conservacionismo: etapa marrom; etapa verde e etapa azul, podem ser obtidas por jovens do ramos: L/E/S;
c) haverão novos nomes para as etapas do ramo Lobo e Escoteiro. OBS: Atualmente, 2010, estão sendo estudadas novas alterações nas etapas destes dois ramos.

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PROGRAMAÇÃO DE REUNIÕES Mod.1
FICHA DE ATIVIDADE Mod.2

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