orientações da www.lisbrasil.com sobre programação
Não é importante apenas realizar atividades gostosas, agradáveis e interessantes.
Também é importante que os jovens tenham algum progresso pessoal. Aqui, iremos comentar algo sobre como fazer o planejamento anual e como trabalhar as Etapas de Classe e as Competições entre Patrulhas.
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PLANEJAMENTO, FERIADOS E COMEMORAÇÕES ou CALENDÁRIO PERMANENTE
1 - O PROGRAMA ANUAL
A - O formulário
B - As atividades externas
C - Preenchendo o formulário
2 - AS ETAPAS NA PROGRAMAÇÃO
A - Como trabalhar as etapas
B - Estoque de atividades
C - Um escotista para cada Etapa
D - Não quebrar o Sistema de Patrulhas
3 - AS COMPETIÇÕES ENTRE PATRULHAS
1 | O PROGRAMA ANUAL | volta |
É importante ter uma forma de controlar visualmente todas as atividades que serão realizadas pelo um Grupo Escoteiro em determinado ano.
Para isto, execute o download do;
a) formulário Excell clique para baixar, pronto para o ano de 2.010 ou
b) formulário Word utilizado em 2.001 clique para baixar, (use como modelo).
1.A | O FORMULÁRIO | volta |
No arquivo fornecido, existe um formulário modelo, mas é claro que você poderá fazer as adaptações e modificações que julgar necessárias, tais como adequar o tamanho da letra; título ou largura das colunas para adaptar a determinado ramo, seção ou para o seu GE.
Outro detalhe que julgamos conveniente foi indicar a nossa semana como iniciando na quinta-feira, para facilitar a visualização dos feriadões. Se um feriado é na quinta ou na terça, ele poderá ser emendado com o fim de semana, se na sua cidade existir o costume de compensação.
Desta forma, podemos visualizar mais facilmente as datas boas para eventos, como também evitar as "datas micadas" ou seja, dias em que não é conveniente ter atividades. Não é muito conveniente acampar na Páscoa, Natal, Ano Novo ou Finados. Nos ramos menores é bom estudar se não é aconselhável nem ter as reuniões de sede.
É bom ter uma coluna com as datas comemorativas, pois geralmente são fontes de sugestão para temas de atividades, lembrando que não precisam acontecer exatamente na data festiva.
* No Dia do Selo os lobinhos adorariam receber a visita de um carteiro com uma cartinha para cada jovem, que já responderia e postaria uma resposta.
* No Dia do Circo uma aula de maquiagem, equlibrismo ou cambalhotas, pode dar origem a preparação de esquetes de palhaços.
* No Dia das Comunicações pode sugerir atividades com radioamadores, telefones, Internet, etc..., bem como inúmeras atividades relacionadas ao assunto.
No formulário fornecido temos uma coluna para cada uma das seções do Grupo, para nela anotarmos (usando as abreviaturas citadas no rodapé do formulário), se naquela data teremos uma : RN (Reunião Normal); um AD (Acampamento Distrital) ou a Festa Junina do GE.
Isto ajudará a: resolver questões de GE's com materiais de campo compartilhados por duas seções; economizar custos de transportes; evitar sobrecarga de atividades onerosas para as famílias em determinado mês; etc.
Se o evento for realizado no dia normal das reuniões nem indique a data. Caso contrário, indique a data. Por exemplo: na linha da 1ª. semana do mês de março, poderíamos indicar:
RN 04 Ex Estoril, isso significaria uma reunião normal no sábado e uma excursão ao Estoril no domingo dia 04.
1.B | AS ATIVIDADES EXTERNAS | volta |
Propor pelo menos uma atividade externa por mês (acampamento, acantonamento, excursão ou visita. E sempre que possível e quando o local for conveniente, programar atividades próximo ao Grupo, numa praça ou nas ruas da vizinhança.
Não tenha medo de ousar e ser criativo, tanto para o tipo das atividades como para seus locais de realização. Sugerimos algumas idéias:
jantar festivo para os pais; | sessão de vídeo clube; |
noite da seresta; | festa do Dia das Bruxas; |
excursão noturna; | acampar num bivaque; |
olim-piada Escoteira; | noite dos talentos |
corrida de carrinhos de rolimã; | festival de paródias |
gincana cultural | baile do ridículo |
excursão ecológica | competição de semáfora |
Mas, o mais importante é que os escotistas procurem conhecer os desejos e aspirações dos jovens da faixa etária trabalhada, para propor atividades interessantes e desafiantes.
Solicitar sugestões e avaliações ao Conselhos de Seção ou de Equipe e da Corte de Honra é uma das formas de conhecer as aspirações dos jovens.
Um comentário de que nossa Patrulha está cozinhando mal, pode questionar a chefia em realizar uma competição de culinária ou uma excursão de cozinha mateira.
Também é fator decisivo para os eventos acabem acontecendo realmente as atividades, é propor eventos de acordo com as condições financeiras dos jovens ou com as possibilidades de arrecadação do seu GE ou seção.
Existem GE's que podem programar: uma pescaria no Mato Grosso; uma semana numa pousada de Minas Gerais; uma exploração de caverna no Vale do Ribeira; escalar o Pico de Agulhas Negras, etc. Outros porém, tem que se contentar em acampar no horto florestal da cidade; fazer montanhismo no Jaraguá ou uma pescaria na Represa local.
Mas, o mais essencial é explorar ao máximo todos os recursos disponíveis, quer sejam eles financeiros ou logísticos. Um sítio com um riozinho de um palmo d'água e bambús pode gerar uma melhor atividade que uma fazenda com uma boa piscina. Dependerá dos objetivos a serem atingidos e da criativiade da chefia.
1.C | PREENCHENDO O FORMULÁRIO | volta |
É desejável que as Corte de Honra já tenham decidido quais os eventos de outros níveis que a seção deseja participar; bem como determinado o número de acampamentos, excursões e visitas que a seção deseja realizar.
Faça uma reunião com toda a chefia do GE, aliás é uma boa oportunidade para fazer uma Indaba do GE.
Você deve possuir o calendário anual da UEB; da Região e do Pólo, Setor ou Distrito. E colocar um chefe para verificar cada um destes calendários e um outro para ir anotando os eventos programados nas colunas apropriadas do formulário.
Aproveite para equacionar as questões como atividades conjuntas de dois ramos ou do GE todo; quem administra a lanchonete; etc.
2 | AS ETAPAS CLASSE NA PROGRAMAÇÃO | volta |
O que demonstra para cada jovem que ele está progredindo é a conquista de distintivos das etapas, de especialidades e outras insígnias especiais.
É através delas que são passados vários conhecimentos e habilidades, e que de acordo com as características de ensino através do Método Escoteiro, acabarão por contribuir na formação pessoal de cada um dos jovens trabalhados.
2.A | COMO TRABALHAR AS ETAPAS | volta |
As etapas devem ser trabalhadas o ano todo, e por todos, independente da idade ou época de ingresso no Movimento Escoteiro. Isto gera um descompasso. Enquanto uns estão iniciando, outros estão acabando determinada Etapa.
A solução encontrada foi trabalhar todas as etapas ao mesmo tempo, mas em rítmos diferentes.
Assim temos que:
a) etapas iniciais - em 3 períodos de 3 meses, ou seja:
MAR, ABR e MAI; JUN, JUL e AGO; SET, OUT e NOV.
b) etapas d 2º nível - em 2 períodos de 4 meses, ou seja:
MAR, ABR, MAI e JUN; AGO, SET, OUT e NOV.
c) etapas de 3º nível - em 1 período de 9 meses, ou seja:
MAR, ABR, MAI; JUN; JUL; AGO, SET, OUT e NOV.
Como os períodos se repetem periodicamente, um jovem que concluiu a Etapa inicial no fim de maio, vai começar as etapas do 2º nível em junho, pegando o fim de um período e a fase inicial do novo período começado em agosto.
E como trabalhamos o progresso de cada jovem, de forma diferenciada do método tradicional das escolas, nada impede que cada jovem determine o seu próprio rítmo.
É claro que a aplicação destes ciclos gerará algumas implicações que devem ser resolvidas pelos escotistas da Seção:
a) estoque de atividades diferentes para praticar cada item das etapas;
b) manter um escotista pensando em cada uma das etapas;
c) não quebrar o Sistema de Patrulhas, e sim usar esses ciclos como forma de estimulá-lo.
2.B | ESTOQUE DE ATIVIDADES | volta |
Bem quanto ao estoque de diferentes atividades para cada item, é desejável possuir: 3 das iniciais, 2 das de 2º nível e 1 das de 3º nível, por ano. Pensando que os jovens tem uma vida útil na Tropa de 3 anos, serão necessárias: 9 para os itens das etapas iciais; 6 para os itens de 2º nível; e 3 para os itens de 3ª nível.
Assim, fica garantida uma variedade de atividades a serem desenvolvidas. E que elas sejam 'DURAS' (Desafiantes, Úteis, Recompensantes, Atraentes e Saudáveis).
2.C | UM ESCOTISTA PARA CADA ETAPA | volta |
Isto nos leva à importância de termos sempre um escotista pensando em cada uma das etapas. Assim, sempe existirá um escotista se dedicando a criar novas fórmulas para treinar e observar os itens daquela Etapa; bem como verificando se os jovens estão em boas condições técnicas.
Estas observações são necessárias porque o objetivo dessa forma de trabalho é não quebrar o Sistema de Patrulhas e sim estimulá-lo, como veremos em seguida.
2.D | NÃO QUEBRAR O SISTEMA DE PATRULHAS | volta |
Assim, continuará cabendo aos monitores adestrar os jovens da sua Patrulha nas Etapas; mas quando a chefia notar falhas nesse adestramento, poderá repassar a informação à Corte de Honra, onde os Monitores serão melhor adestrados; ou introduzir bases de adestramento na programação das atividades da Tropa.
O importante é evitar ao máximo que a chefia passe os conhecimentos diretamente aos jovens.
Também é legal estar conversando sempre com os Monitores para eles estarem dividindo o trabalho de adestrar a Patulha com outros jovens da Patulha.
Ajude-os a ver o seguinte: se ele adestrar a Patrulha sozinho, será ele ensinando os demais (1 para 7). Se ele dividir esse trabalho com o Submonitor mudará bastante, a relação (será 1 para 3).
É claro que ele ainda poderá solicitar ajuda do 3º elemento da Patrulha.
Isto só dependerá do trabalho dele com cada jovem da Patrulha. Treinando-os para também um dia exercerem o cargo de Monitor. Assim estará garantindo a sobrevivência da Patrulha, mesmo depois que estiverem na Tropa Sênior.
3 | AS COMPETIÇÕES ENTRE PATRULHAS | volta |
Poucas são as referências bibliográficas sobre as Competições entre Patulhas.
O assunto consta apenas nos livros mais antigos como: o Guia do Chefe Escoteiro; o Sistema de Patrulhas; e o Aplicando do Sistema de Patrulhas.
Talvez até seja esse assunto seja descartado no programa da CNPJ, que enfatizar mais os Ciclos de Programas.
Mas por enquanto, as Competições entre Patrulhas ainda existem e Se constituem numa das melhores ferramentas educacionais. Por isso falaremos um pouco sobre o assunto.
Nós que trabalhamos o dia a dia nas seções escoteiras, sabemos que grande parte da criação das atividades escoteiras ficam a cargo da chefia. Talvez isso nunca mude.
É claro que sempre tentamos fazer com que os jovens participem, cada vez mais, do processo decisório da vida da seção; afinal esse é um dos pontos do Método Escoteiro.
Mas, esta é uma tarefa difícil. E nós sabemos que o que normalmente ocorre, é que captamos uma crítica ou uma pequena sugestão, obtida junto aos jovens; tentamos nos colocar na posição deles, para imaginar as atividades que eles desejam.
O importante é sempre estarmos estimulando o levantamento da opinião dos jovens, tanto no início como no final das Competições entre Patrulhas. É uma forma de estarmos nos atualizando com os anseios dos jovens da faixa etária trabalhada.
Então, ao final de uma competição, o Conselho de Patrulhas, a Corte de Honra e o Conselho de Tropa deve avaliar a competição anterior e já sugerir temas para uma nova competição a iniciar-se.
A participação pode ser apenas indicando o tema da competição, como também sugerindo os itens a serem verificados ou atividades a serem executadas.
A tendência quase sempre recairá sobre os assuntos técnicos e constantes das Etapas. A chefia é que deve transformar essas idéias em competições que acabem por promover um real crescimento pessoal dos jovens, nas diversas áreas do desenvolvimento humano: física; mental; espiritual; social e afetiva.
Afinal, a tarefa de EDUCADOR é do adulto. Transformar pequenos assuntos em grandes temas para uma educação integral deve ser uma meta dos Escotistas.
Veja um exemplo de como transformar uma simples proposta de 'fazer um jantar para os pais' numa Competição entre Patulhas com várias qualidades.
Cada Patrulha será avaliada nos seguintes itens:
* o sabor e apresentação dos pratos do cardápio (iguais para todos);
* a sobremesa (de livre escolha) deve ser o mais criativa possível;
* a organização e a decoração das mesas;
* uma curta oração (5 linhas) com cópias para todos os presentes;
* os convites para os pais e a forma de receber os convidados.
Assim, como vimos, deu para trabalhar as áreas: mental, espiritual, social e afetiva. Talvez, para suprir a falta da área física, poderíamos fazer uma corrida da bandeja?
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