Personagens da história do Escotismo Brasileiro
|
Uma história de mais de 100 anos tem que ter alguns heróis que ajudaram nessa longevidade do Escotismo no Brasil.
E como "quem não conhece a sua história, não pode construir seu futuro", o site www.lisbrasil.com resolveu inserir esta página com algumas das personalidades mais importantes desta história. |
O chefe Floriano é simplesmente o maior autor de livros escoteiros da história do Escotismo Brasileiro.
|
Francisco Floriano de Paula
|
★ 01/09/1900 ✟ 02/03/1976
ingressou em: 1922 (22a) |
Nasceu em 01/09/1900 em Uruburetama/CE.
Foi Bacharel em direito, Professor da PUC/MG, do Colégio Estadual e do Instituto de Educação de Minas Gerais.
Iniciou sua vida escoteira no Rio de Janeiro, em 1922.
Fundou vários Grupos Escoteiros em Minas Gerais, dentre os quais o “Afonso Arinos”.
Foi Presidente da Federação Mineira de Escoteiros (1934/1937), Comissário Administrativo da Federação Mineira de Escotismo.
Em 1938 organizou a excursão a São Paulo, na qual pereceram, em desastre ferroviário, Caio Vianna Martins, Gerson Satuff e Hélioo Marcos de Oliveira Santos.
Foi Chefe da delegação Mineira ao Ajuri de 1939.
Em 1941 publicou a primeira edição do “Para ser Escoteiro”, que depois foi desmembrado m tres livros, uma para cada classe escteira da época.
Foi Comissário Técnico da FME (1942). Vice-Presidente da UEB em 1952.
Participou do AIP de 1954 em São Paulo.
Foi aluno do III CIM Escoteiro do Brasil realizado em 1955, na patrulha Touro, recebendo sua Insignia da Madeira em 1956. Foi Chefe da delegação Mineira ao Ajuri Nacional em 1957.
No ano de 1967, publicou as três obras importantes para a formação do jovem Escoteiro, os Livros “Para ser Escoteiro Noviço”, “Para ser Escoteiro de 2ª. Classe” e “Para ser Escoteiro de 1ª. Classe”,
Recebeu a Medalha Tiradentes (1939), Bons Serviços Ouro (1955), Cruz de São Jorge (1955) e Tapir de Prata (1961).
Foi reconhecido com o título de Adestrador Emérito em 1978.
Faleceu em 02/03/1976.
Observação do chefe Ignácio:
Francisco Floriano de Paula era o chefe da Associação Afonso Arinos, unidade em que estava filiado Caio Vianna Martins.
Foi o organizador da excursão até São Paulo, porém viajou um dia antes do acidente para, junto com o governador de São Paulo, receber os escoteiros que chegariam de Minas Gerais.
|
fonte: O chefe Ignácio Castañón nos enviou os dados biográficos e a imagem de uniforme. E conseguimos a imagem de terno e outras informações no blog: Efemérides Escoteiras |
Informações do site ww.lisbrasil.com
Livro: Para ser Escoteiro, editado em 1941, pela União dos Escoteiros do Brasil, Era um livro geral para todas as etapas de classe, na época tanto do ramo Escoteiro, como para o ramo Sênior.
Ai reside a importância do trabalho deste chefe para o Escotismo Brasileiro, pois essa publicação norteou a vida juvenil de milhares de escoteiros e sêniores de 1941 até 1991, ou seja por ceca de 50 anos.
|
Em 1961 este livro foi separado em três outros livros: |
Para ser Escoteiro Noviço
nosso link para baixar um PDF
|
Para ser Escoteiro 2ª Classe
nosso link para baixar um PDF
|
Para ser Escoteiro 1ª Classe
nosso link para baixar um PDF
|
|
Alexandre Banchi contribuiu com este texto feito pelo autor em 19/11/1940, para divulgação, antes da sua publicação do livro (1a. Edição em 1941)
|
Contribuição do Chefe Osvaldo Ferraz, que o conheceu pessoalmente.
Osvaldo Ferraz: “PARA ELE EU TIRO O MEU CHAPEU”!
Minhas homenagens hoje vai para o Chefe FRANCISCO FLORIANO DE PAULA. Um ícone do Escotismo brasileiro.
Por quê? Por tudo que fez ao Escotismo Nacional e seu Estado de Minas Gerais.
Lutou para aglutinar e adestrar os Chefes escoteiros e conseguiu montar uma série de cursos sem ônus, inclusive pagando as passagens para alguns comparecem nos cursos.
Eu fui um deles. Em 1959 fui convidado para um curso e a região arcou com todas as despesas de viagem.Fiz outros dois com ele como Diretor.
Sob o Lema Servir o Chefe Floriano não só conseguia apoio financeiro para sua região, como participava das equipes dos cursos. Nunca se preocupou com valores e fazia questão de ajudar aos grupos escoteiros do estado.
Sua história um dia será contada na íntegra.
Em outras atividades da Região vi o quanto possuía o Espírito Escoteiro e aprendi a admirá-lo.
Estivemos juntos em outras ocasiões, uma das quais ele entregou a MEDALHA DE VALOR OURO (post-mortem) a CAIO VIANNA MARTINS através de seu irmão em um acampamento com quase 800 participantes em Matozinhos terra de Caio.
É dele o Para ser Escoteiro depois desmembrado em Noviço, Segunda e Primeira Classe.
Tive a honra de ouvi-lo contar causos, falar das histórias Escoteiras e com lágrimas nos olhos quando falou de Caio Vianna Martins que pertencia ao Grupo Escoteiro Afonso Arinos o qual era o Chefe de Grupo.
A ele dedico parte da minha vida escoteira e esteja onde estiver minhas homenagens. PARA ELE EU TIRO MEU CHAPÉU!
|
Contribuição de Alexandre Banchi sobre este chefe e sua obra.
Sobre esse livro e suas sequências tenho a citar que foi importante a contribuição para a literatura escoteira com o lançamento do material produzido pelo Prof. Francisco Floriano de Paula, da Federação Mineira de Escoteiros do livro “Para ser Escoteiro”.
O respeitado dirigente obteve a aprovação para publicação do Comissariado Técnico da UEB e a 1ª edição foi impressa em 1941 nas oficinas da “Folha de Minas”.
Em 1953 ele passou os direitos autorais à Editora Escoteira e agora com 140 páginas lança a 2ª edição e em seu conteúdo apresenta as noções gerais de escotismo, as provas de Noviço e de Segunda Classe e em 1957 com 196 páginas lançou a 3ª edição sempre com revisão e atualização, nesta publicação já contempla também as provas de Primeira Classe.
Sobre o autor e sua obra, cabe citar que o Prof. Floriano dirigiu a revista escoteira “Inubia” órgão da Associação de Escoteiros “Afonso Arinos” de Belo Horizonte que circulou entre 1937 e 1940 em que dedica grande parte ao noticiário técnico que posteriormente foi incluído em seu livro bem como a maioria das ilustrações que são de sua autoria.
Em 1960 com o surgimento de um novo livro que define a estrutura técnica do escotismo nacional baseado no modelo inglês denominado “Policy, Organisation and Rules” e que aqui recebeu o nome de “Princípios, Organização e Regras – P.O.R.” – o Prof. Francisco Floriano de Paula, a pedido da Direção Nacional da UEB é convidado a dividir seu livro “Para ser Escoteiro” em três partes, organizando então novos textos.
Lançada em 1961 a primeira edição do “Para ser Escoteiro Noviço” com uma tiragem inicial de 6 mil exemplares em 110 páginas.
Dois anos após, em 1963 é lançado pelo mesmo autor para completar a série, os livros “Para Ser Escoteiro de 2ª Classe” com 5 mil exemplares em 128 páginas e também “Para Ser Escoteiro de 1ª Classe” com 3 mil exemplares com 142 páginas.
Os novos guias com o passar dos anos tornaram-se referência, pois eram editados pela Editora Escoteira da UEB já em sua 1ª edição e estavam atualizados com as novas orientações do P.O.R. e constavam com as provas especificas do Ramo Sênior no final dos capítulos para a complementação do adestramento escoteiro.
Seguiram-se com as impressões da 2ª edição em 1964 do “Para Ser Escoteiro Noviço” com 10 mil exemplares, do “Para Ser Escoteiro de 2ª Classe” em 1965 com 5 mil exemplares e “Para Ser Escoteiro de 1ª Classe” em 1967 com 5 mil exemplares.
A terceira edição dos livros foi publicada na seguinte sequência: “Para Ser Escoteiro Noviço” em 1967 com 10 mil exemplares, juntamente com o “Para Ser Escoteiro de 2ª Classe” com 5 mil exemplares. Já o “Para Ser Escoteiro de 1ª Classe” saiu em 1974 com 5 mil exemplares sendo a última edição desta classe escoteira.
Seguiram-se então em 1970 com a 4ª edição do “Para Ser Escoteiro Noviço” com 10 mil exemplares e em 1972 saiu a última edição do “Para Ser Escoteiro de 2ª Classe” com 5 mil exemplares. Finalmente em 1973 é publicada a 5ª e última edição do “Para Ser Escoteiro Noviço” com a tiragem de 10 mil exemplares.
|
Página criada em 10/03/2020. |