Artigos de Baden-Powell para a revista " The Scouter ", 1909 - 1941
traduzidos por: Capitão Anilto de Ribeirão Pires/SP.
Tradução
"Eu não brinco de mais nada em seu quintal", era o refrão de uma encantadora canção, coisa muito típica de criança que não gosta da maneira que uma brincadeira está se desenvolvendo, e no final das contas, "faz uma cara emburrada" e vai tentar outra brincadeira em outro lugar, ou então vai "contar pra Mamãe".
Isto faz um expectador adulto sorrir, mas ele mesmo não está livre desse tipo de vaidade egoísta.
Eu freqüentemente estive no papel da "Mamãe", e é quase inacreditável que pessoas adultas ou quase adultas possam tratar coisas insignificantes tão a sério e tão mesquinhamente como fazem alguns. Se eles tivessem um pouco de senso de humor ou uma visão mais abrangente, poderiam ver o outro lado da questão ou o objetivo maior, e também iriam rir da pequenez dessas coisas.
Faz lembrar o quanto sente uma pessoa ao retornar de nosso grande e vasto Império para uma pequena e velha ilha, e encontrar nossos políticos arrancando os olhos uns dos outros por algum problema bairrista! Eles não percebem que a guerrinha deles é somente uma piada para o expectador externo.
Eles provavelmente se sentiriam bastante magoados se não fossem sepultados na Abadia de Westminster como "Estadistas", mas somente como "Pequenos Políticos".
Como a "Mamãe", fui chamado outro dia num caso que era evidentemente considerado de grande importância pelas partes envolvidas na contenda, mas que pareceria ridiculamente simples para alguém de fora que viu ambos os lados e o objetivo maior que supostamente era o objetivo comum deles.
Minha resposta para eles foi a que poderia ser aplicada a muitos casos semelhantes em que os contendores não enxergam o caminho certo a seguir. A resposta foi:
"É curioso para mim que pessoas que professam serem bons cristãos freqüentemente se esqueçam de, em uma dificuldade desse tipo, fazer a pergunta simples: `O que teria feito Jesus Cristo nestas circunstâncias? ' e se guiar de acordo."
Tente isto da próxima vez que estiver em alguma dificuldade ou dúvida de como proceder.
Nos primeiros dias do nosso Movimento havia muitas pequenas disputas locais que eram realmente secundárias na maioria dos comitês, e que nunca ocorreriam se os membros pudessem se lembrar de seus deveres e agir de acordo com eles. Ultimamente, porém, essas sociedades contestadoras parecem ter diminuído, dando lugar para conselhos de mútua cooperação e ajuda, e tudo caminha bem.
Março de 1911
Original
Teacup Storms and How to Avoid Them
"I SHAN'T play any more in your yard," was the refrain of a charming song, which was very typical of the child who does not, after all, like the way the game is played, so it "cuts off its nose to spite its face," and goes and tries for another game elsewhere, or goes and "tells Mother."
It makes the grown-up onlooker smile, but the grown-up himself is not always free from the same sort of self-centred conceit.
I have frequently figured in the part of "mother," and it is almost beyond belief that grown-up, or nearly grown-up, men can take little matters so seriously and so narrowly as some of them do. If they had only a sense of humour, or had a slightly wider range of view, so that they could see the other side of the question or its greater aim, they, too, would smile at the littleness of it all.
It reminds one so much of what one feels on returning from our big, open Empire into the little old island and finding here our politicians tearing each other's eyes out over some defect in the parish pump! They do not realise that their little word-war is only laughed at by the onlookers outside.
They probably feel quite hurt when they die because they are not buried in Westminster Abbey under the label of "Statesman," but are only sized up as "Petty Politicians,"
As "mother" I was appealed to the other day in a case which was evidently considered of vast importance by the contending parties, but which would have seemed ridiculously simple to an outsider who saw both sides and the higher motive which was supposed to be their joint aim.
My reply to them was one which might apply to many similar cases where the contestants cannot at once see the| right line to take. It was this:
"It is curious to me that men who profess to be good Christians often forget, in a difficulty of this kind, to ask themselves the
simple question, 'What would Christ have done under the circumstances? ' and be guided accordingly."
Try it next time you are in any difficulty or doubt as to how to proceed.
In the earlier days of our Movement there were many of the little local rows which are really incidental to most committees, and which would never occur if the members could remember their duty and to take the above line. Of late, however, those debating societies seem to have died down and given place to co-operative councils for mutual advice and help, and all goes well.
March, 1911.
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